10.10.09

Verbo

Feres feito espada
cravada no peito.
Tu, verbo clandestino,
que sem pudores
revela o destino

Maldito, bendito,
consciência do infinito
Não deixas meu sono tranqüilo:
apontas meus desencantos,
com o teu verbo santo

Tu, verbo da glória
e meu profundo grito
Hemorragia de letras
espalhadas em meu ventre

Tu, verbo imoral,
navalha da língua,
verso decisivo

Eu, verbo
e não substantivo

Paola Caumo

3 comentários:

  1. Bravooooo!
    Lindo seu poema
    Congratulações

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  2. Belo poema Paola, belo versejar ! A tônica lírico-subjetiva de seus vrsos encanta ! Bj com carinho e obrigada por suas amáveis visitas.

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  3. Paola

    Sempre delicioso visitar teu blog!

    Grato demais pelas tuas visitas, elas me encantam, me fascinam, me honram!

    Tu, quando a gente te conhece, minha amiga, se torna mais que querida, se torna necessária!

    Abraços !!!

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