24.1.07

Sentires

Na ponta do lápis
um mundo se abre:
formas, cores, palavras.
Sentires, melodias.

Na ponta do teclado
a existência se descortina:
mosaicos de vivências,
espelhos da humanidade.

Na expressão da arte
tudo é possível
mesmo no mais improvável
o coração explode.

24/01/07
Paola Caumo

Sons

Um pensamento canta
viaja pelo sentir mutante
Na manhã que pia,
na noite que garla.
Os quadros permanecem imóveis
enquanto o dia gorjeia

Toca uma cantiga de ninar
Hora de apagar a sinfonia:
o silêncio clama.

Paola Caumo
12/01/07

Subliminar

Tons de voz, silêncios
Gestos, zombarias
O não dito entre o dito
Inércia.

Arquétipos do inconsciente
Sinais contínuos de
Emoções reprimidas.

No silêncio e nas palavras
a mensagem grita.

Paola Caumo
12/01/07

14.1.07

O meu poema

Para Marcelo

Se o poema fosse algo concreto
seria algo como o teu rosto depois do amor:
Pleno, sereno, suave.
Ou algo como tua fome antes de me ter:
Desejo primitivo, paixão desenfreada.
Ou algo como teu corpo enlaçado no meu ao adormecer:
Entregue, enamorado, feliz.
Ou algo como teu riso em nosso estar junto:
Alegre, descontraído, bem humorado.
Ou algo como tua atitude ao me amar:
Carinhosa, cuidadosa, solidária.

Se o poema fosse algo concreto
Teria tua forma e tua face
Tua maneira de amar.

Paola Caumo
01/12/2006

Pensar-te!

Tão bom nos lembrar
tão meu, tão tua
formas enlaçadas
almas cúmplices.

Tão bom te ter
tão bom te ser
pequenos sóis -
compartilhados.

Paola Caumo
10/01/2007