27.1.11

Da poesia

Imagem do Google
Entremeios a tormentos
A poesia nasce solta
Numa tentativa urgente
De libertação das dores
Que afligem a alma.

Já em meio à calmaria,
A poesia se recolhe
Como se, na beleza,
Não houvesse necessidade
De nada dizer:
O próprio deleite é a poesia.

Será o desafio dos poetas
Versejar o contentamento,
A paz de espírito,
O amor sem rimar com dor?

Cabe-nos quebrar o paradigma
Da natural infelicidade do existir
Aceitar que podemos ser felizes
E gritar aos quatro cantos:
Sim. Eu poeto a alegria.

Paola Caumo
27/01/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário