11.4.11

Rebeldia

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A cada pedaço de mim que morre
com o punhal da batalha perdida
Sou como um cristal quebrado
e dos cacos faço mosaicos

A cada pedaço de mim que morre
nas desilusões com atos e fatos
Sou como flores do mato
renascendo além dos penhascos

A cada pedaço de mim que morre
pela mão de um ser ausente
Sou como uma presença oculta
em tons de sutil freqüência

A cada pedaço de mim que morre
com a dor de minha criança faminta
Sou pão e fruto proibido
cobrindo as fendas de alento

A cada pedaço de mim que morre
sou fúria, indócil e indomada
Sou luta de causas perdidas
Mas não me entrego, nem morta


Paola Caumo

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